O drawdown é uma métrica que mede a perda acumulada desde a máxima histórica do preço de um ativo ou portfólio, ou seja, representa a perda máxima que um investidor poderia ter acumulado ao comprar e manter determinado ativo. Essa medida é frequentemente utilizada como métrica de risco, sendo os maiores drawdowns observados no passado referências para avaliar o comportamento de ativos em situações semelhantes que possam ocorrer no futuro.
O gráfico desta semana mostra a cotação do MSCI China e o drawdown acumulado no período, que chegou a ultrapassar 90% no início dos anos 2000. Observa-se que, apesar da recente valorização do índice (mais de 20%), impulsionada pelo anúncio de uma série de estímulos à economia chinesa, o índice continua cerca de 50% abaixo de sua máxima histórica, registrada em 1993, e aproximadamente 48% abaixo de sua máxima mais recente, no início de 2021, pouco antes do estouro da bolha imobiliária.
A magnitude da desvalorização acumulada (em complemento a uma série de outras métricas) ajuda a evidenciar o risco implícito nesse tipo de alocação, especialmente quando considerada isoladamente. No entanto, ativos mais arriscados podem ser desejáveis, particularmente quando incluídos em uma carteira diversificada, com tamanhos ajustados à sua volatilidade, correlação com o restante do portfólio e de acordo com o perfil de risco do investidor.
View of the Week é uma série semanal da Turim onde, a partir de um gráfico, faremos uma análise e reflexão sobre diversos tópicos relacionados a gestão de patrimônio, mercados, economia, história e tendências.